domingo, 15 de junho de 2008

Com a palavra: O hippie

Deixamos para o final um vídeo onde realizamos uma entrevista com um hippie. Na entrevista, realizada no dia 24 de maio, o hippie Carlos Augusto Tognolo fala um pouco sobre como ele se sustenta, e sobre o modo como as outras pessoas enxergam os hippies.
.



.

.

Vídeo e foto: Henrique Franco, Eduardo Guidini e Juma de Oliveira

sábado, 14 de junho de 2008

Relação com todos

Podemos dizer que a cultura hippie é bastante democrática. Os indivíduos hippies são na sua grande maioria pessoas gentis e que se relacionam extremamente bem com os demais grupos culturais de uma sociedade. Isso é até comprovado pelo alto número de pessoas que, apesar de não serem hippies, usam alguns acessórios característicos do movimento e tem uma admiração profunda pela cultura.
.
A feira hippie é um excelente exemplo para podermos dizer que eles se relacionam bastante com os demais grupos. Com a exposição e venda de produtos e objetos, eles estão de certa forma se relacionando com as demais pessoas, difundindo a cultura. Caso não quisessem compartilhar seus costumes com as demais culturas, não faria sentido existirem as feiras hippies.
.
Aliás, essa é uma das características que tornam o hippies uma cultura peculiar. É raro vermos outros grupos culturais montando feiras e expondo suas culturas tão abertamente da forma como os hippies fazem. Além do carisma único ao lidar com as pessoas, eles também tem um ideal de uma sociedade, de paz e amor, que inovou, conquistando cada vez mais adeptos ao redor do mundo.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Só se encontra na feira hippie!

Não é desde sempre que a feira hippie de Campinas é como é agora.
Na maioria das barracas os produtos ainda são feitos à mão, mas no tempo jovem das nossas mães e titias, os artesanatos encontrados na feira, SÓ PODIAM SER ENCONTRADOS NA FEIRA.
Eram feitos dos mais diversos materiais e vendidos pelas mais variadas pessoas.
Desde roupas a "frufrus" femininos, os trabalhos cuidadosamente elaborados, eram do artesanato mais fora do padrão, tanto na escolha do material quanto ao bom gosto de toda a obra.
Velas eram feitas na hora pela hippie com o nome escolhido do comprador, tererês, objetos de cerâmicas e bolsas de bambu e miçangas eram vendidos.

Não que hoje seja diferente e todas essas coisas deixaram de existir, mas muita coisa mudou ao longo dos anos.
Calma! Os hippies continuam lá e ela continua com várias coisas legais. Só o que realmente mudou foi que as barracas aumentaram e os objetos vendidos se ampliaram.

Ainda tem todos os adereços e enfeites diferenciados, mas menos que antes. Agora o que predomina é o trabalho manual mais voltado para todos os públicos, como bordados e crochês, e não mais todo aquele estilo rústico hippie, apesar de ainda estar presente.

De qualquer maneira, a feira continua tendo como base os gostos dos hippies (mesmo agora, em menor quantidade) e continua sendo uma opção única na cidade para os gostos variados e, principalmente, para os que gostam de algo mais diferente e artesanal.

Falando BICHOGRILÊS

Durante os anos 60, era comum chamar o movimento hippie de “movimento de contracultura”. Isso por causa do seu modo de vida diferente do comum: comunidades, negação do nacionalismo e desacordo com valores tradicionais. Eles usam roupas coloridas, muitas vezes tingidas, calças boca de sino, ouvem rock psicodélico e desprezam todas as regras do capitalismo.
.
O termo hippie derivou da palavra em inglês hipster, que designava as pessoas nos EUA que se envolviam com a cultura negra. A palavra foi usada pela primeira vez em um jornal de São Francisco, num artigo do jornalista Michael Smith.
.
Além de defender o amor livre e a não violência, usar cabelos e barbas compridos, usar incensos diversos e ter como principal símbolo a Mandala, há outra forma de reconhecer essa comunidade. Eles têm algumas gírias bastante características:
.
-Barra = Difícil
-Bicho = Amigo
-Biônico = Político nomeado pelo governo
-Bode = Confusão
-Capanga = Bolsa
-Chacrinha = Conversa sem objetivos
-Dar o cano = quebrar compromissos
-Eu "tô" que "tô" que nem "tô" de tanto que "tô" = Eu Estou bem
-Fazer a cabeça = Conquistar
-Goiaba = Bobo
-Jóia = Tudo bem
-Podes crer = Acredite
-Repeteco = Repetição
.
Podes crer, não é barra reconhecer os bichos falando assim! Jóia?
.
Por volta de 1970, algumas características do estilo hippie se tornaram parte da cultura principal, porém muito pouco da sua essência. Surgiu até um mito popular de que o movimento hippie não mais existia. De fato, ele continuou a existir em comunidades mundo afora, como andarilhos que acompanhavam suas bandas preferidas.
.
Fonte: http://www.spiner.com.br/modules.php?file=article&name=News&sid=1262 - Este site discorre sobre várias "tribos" culturais.
.
Indicação - para conhecer mais do estilo da vida hippie, assista Across the Universe, filme musical com trilha sonora dos Beatles que exemplifica bem como o grupo hippie viveu e lidou com a estranheza que causava nas pessoas naquela época.

Histórico

A Feira de Arte e Artesanato da Praça da República em São Paulo foi o começo da enorme manifestação do movimento hippie no Brasil. Tudo começou ainda nos anos 40, quando colecionadores se reuniam ali para trocar moedas, selos, notas. Depois, nos anos 60, ápice do movimento hippie, artesãos e artistas plásticos começaram a expor seus trabalhos no local. Foram expulsos pela polícia, mas tiveram o apoio do prefeito Faria Lima que legalizou a atividade e criou a feira, popularmente conhecida por feira hippie.

Hoje, a feira hippie existe em diversas cidades de nosso país e leva os produtos artesanais feitos pelos hippies ao público. Existem feiras enormes que já ultrapassaram toda e qualquer expectativa, alcançando uma grande popularidade. Na cidade de Belo Horizonte, por exemplo, a feira hippie foi criada em 1969 e com tempo tomou proporções inacreditáveis. A princípio era realizada em uma praça mas com tanta gente prestigiando e tanta gente querendo vender na feira, ela passou a ser realizada na maior avenida da cidade, como nos mostra a foto.

Fontes

http://www.overmundo.com.br/guia/feira-hippie-1

terça-feira, 10 de junho de 2008

Divulgando arte e cultura


Quem nunca teve algum objeto relacionado com a cultura hippie?Pois bem, se você nunca teve, com certeza conhece ou tem algum amigo que tenha. Os objetos, geralmente fabricados artesanalmente pelos próprios hippies, já fazem parte do nosso cotidiano e é só olhar calmamente para o seu lado que você verá alguém usando um colar, brinco, pulseira ou qualquer acessório semelhante.

São objetos geralmente muito coloridos e exuberantes, que ressaltam a alegria e o estilo "paz e amor" de viver do hippie. As camisetas e vestidos folgados e grandes também são usados por muita gente, mesmo não sendo hippie. Afinal, virou moda. E essa moda hippie serve pra todo mundo.

Os hippies começaram a fabricar esses objetos como forma de ter um sustento, ganhar dinheiro fabricando sua própria mercadoria que divulga a sua cultura. Por meio da fabricação dos objetos artesanais o hippie mostra a sua arte, ganha seu dinheiro e divulga sua cultura para todos.

foto: Eduardo Guidini, Henrique Franco e Juma de Oliveira


quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quem faz a feira hippie

Ao andar pela feira hippie podemos encontrar tanto homens quanto mulheres, mais jovens ou então já mais senhores. Em nenhuma das barraquinhas deles, porém, vimos crianças, seja trabalhando ou somente acompanhando.
.
Na maioria das barracas, apenas uma pessoa estava tomando conta, mas encontramos também casais trabalhando juntos e se ajudando, como numa barraca que fazia os famosos ‘dreadlocks’, ou ‘dreads’.
.
Conversando com alguns deles, encontramos alguns que vieram de bem longe, como uma senhora que veio de Minas Gerais, mas a maioria era mesmo natural de Campinas. Todas as pessoas que conversamos diziam estar na feira hippie há vários anos.
.











.

foto: Henrique Franco, Eduardo Guidini e Juma de Oliveira